quarta-feira, 4 de maio de 2016

Por que produção gráfica 2 - a missão?

Na última coluna afirmei que o conhecimento de produção gráfica não deve se restringir aos profissionais de criação. Atendendo á pedidos eu vou comentar um pouco mais sobre como adquirir conhecimentos sólidos de produção gráfica pode contribuir para a formação de outros profissionais:

Profissionais de atendimento: Esses profissionais fazem o contato tête-à-tête com os clientes, tiram dúvidas e elaboram os briefings (ou pelo menos coletam boa parte das informações). Boa parte das dúvidas dos clientes é sobre a qualidade do material e sobre mecânicas de campanha em mídia impressa. Muitas vezes o profissional de atendimento precisa ser “desmentido” em relação aos prazos de entrega e (im)possibilidades de produção. Profissionais com conhecimento em produção explicam melhor, antecipam dificuldades in loco e fornecem previsões mais realistas sobre a entrega dos materiais.

Profissionais de criação: Profissionais com sólidos conhecimentos em produção gráfica economizam tempo, pois não perdem tempo criando ou retocando linhas finas que não serão impressas por impossibilidades técnicas, reservam espaços para informações obrigatórios (códigos de barras, textos legais, etc) e, também não ficam frustrados com o resultado impresso das peças que criaram.

Profissionais de planejamento/mídia: Como posso ser um planner competente se desconheço quanto tempo um material impresso necessita para ficar pronto e por quantas etapas o material terá de passar? Como posso fazer um plano de mídia sem saber se o material fica pronto a tempo? É muito desagradável estourar um prazo e não ter cartão de visita ou produtos prontos durante um evento. Aconteceu com o Pato Fú, cujo sucesso da música Sobre o tempo não foi previsto e a banda se apresentou no Rock’n’Rio sem ter o disco pra vender nas lojas.


Apenas três exemplos de como a Produção Gráfica não deve ser negligenciada por profissionais e alunos, mesmo que de outros departamentos. Fico por aqui, retornarei em 14 dias. Abraço.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Por que produção gráfica?

Buenas! 
Primeiro de tudo, desculpo-me pelo hiato.
Retomo as atividades do site com uma pergunta pertinente: por que produção gráfica?

O livro, o jornal e a revista se tornaram digitais, é um fato. Temos visto revistas de expressão desaparecerem da noite para o dia, rumores de gigantes editoriais à beira da falência, etc.

Geralmente, os estudantes da área de comunicação perdem de vista outras possíveis mídias. Recentemente vimos o café Pelé estampar a capa do jornal O Estado de São Paulo em sua embalagem, com a intenção de demonstrar o quanto o café é fresco. 



Essa é uma das razões pela qual o estudo da produção gráfica não deve ser negligenciado. Devemos pensar além dos formatos midiáticos tradicionais. Tudo pode ser um suporte para propagação de conteúdo relevante, engajado e divertido (não necessariamente nessa ordem).

Defendo também que o conhecimento de produção gráfica não deve se restringir aos profissionais de criação (designers, diretores de criação e arte, produtores gráficos). Como posso ser um planner competente se desconheço quanto tempo um material impresso necessita para ficar pronto e por quantas etapas o material terá de passar? 

Esse é um exemplo apenas, certamente todo profissional de comunicação se beneficiará se obtiver sólidos conhecimentos de produção gráfica. Fico por aqui, retornarei em 14 dias. Abraço.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Promoção da Caneca do Outback: importância da produção gráfica na viabilização de projetos


Olá mancebada, depois de um longo, porém nada tenebroso inverno, estamos de volta pra falar de um assunto que muito nos interessa: quando uma campanha ou ação promocional se vale de recursos técnicos para ser viabilizada.

Vocês já devem conhecer a rede de restaurantes Outback e também já deve ter pecebido que de uns tempos pra cá a rede intensificou seus esforços de comunicação em mídias online e offline.

A nova ação promocional do Outback oferece ao consumidor a possibilidade de ganhar a cobiçada caneca de chopp da casa. Para tal, ao comprar o prato escolhido para promoção, o consumidor recebe dois cupons (o garçom falou raspadinhas mas esse não é o termo correto. A popular raspadinha é uma tinta chamada Scratch-off e o princípio é um pouquinho diferente do utilizado pelo Outback).

Ao encostar os cupons na caneca de chopp gelado aparece uma mensagem que indica se o cliente foi contemplado com um dos prêmios da promoção. Isso ocorre porque foi utilizada uma tinta chamada termocrômica, que sofre alteração em sua coloração diante de alteração significativa de temperatura, em alguns casos, aumento da temperatura e em outros, queda. No caso da campanha do Outback a tinta termocrômica é sensível à queda de temperatura. É o mesmo processo já empregado nas latas da cerveja Skol. Bela sacada que mistura tanto  expertise da criação quanto da produção gráfica. Espero que vocês tenham gostado e semana que vem tem mais. 



segunda-feira, 6 de julho de 2015

Férias - voltamos em breve!


Vamos tirar duas semanas de férias mas antes disso temos algumas recomendações:

El arte de la produccion creativa é um excelente livro que documenta técnicas alternativas e contemporâneas de produção e design gráfico. Infelizmente não foi editado em língua portuguesa ainda:

http://www.casadellibro.com/libro-el-arte-de-la-produccion-creativa/9788496774254/1184179


E se a língua espanhola é uma barreira tem também o livro editado pela Pancrow que pode ser adquirido no site: http://www.pancrom.com.br/cursos-e-materiais-proprios/livro-producao-grafica-novas-tecnologias/

Voltamos em 15 dias com novidades. Abraços. 



quarta-feira, 24 de junho de 2015

Papel e Celulose


Olá publicitários, designers e profissionais das artes gráficas. Vamos aprofundar nosso conhecimentos sobre o papel?

O papel é uma das mídias mais antigas e foi fundamental para popularização e transmissão de conhecimento.

Os papéis tem por característica serem hidrófilos, ou seja, absorvem líquidos e são afetados por essa absorção, podendo se dilatar e até mesmo se romper dependendo da quantidade de tinta que for depositada sobre ele. Quanto mais fino for o papel menor será a capacidade de absorção, por isso as imagens de um jornal não são tão nítidas quanto as de uma revista, pois é necessário diminuir a resolução da imagem e assim, depositar uma quantidade menor de tinta. O que nos leva a considerar um outro aspecto do papel: o revestimento. Papéis revestidos possuem uma camada de silicone ou outro material que permitem que o papel: 
a) receba uma quantidade maior de tinta; 
b) torne-se (parcialmente) impermeável e; 
c) altere sua característica original. 
O exemplo mais popular é o famoso papel couché, cujo nome francês significa justamente cobertura, revestimento.

http://www.phooto.com.br/Content.aspx?Page=Fotolivros


O papel é comprado normalmente em resmas (palavra de origem árabe que significa fardo) de 500 folhas com as dimensões de 96x66cm. Esse formato é o mais popular na indústria gráfica convertedora brasileira. Logo, é com base nessas dimensões que os demais formatos surgiram. Quando trabalhamos dentro de um formato PADRONIZADO pela indústria obtemos maior aproveitamento de matéria-prima e, conseqüentemente, diminuímos o custo de produção. Quando optamos por um formato diferenciado ocorre justamente o contrário. Gráficas e fabricantes de papel costuma disponibilizar uma tabela semelhante a imagem abaixo, com os formatos cujo aproveitamento da folha é alto, chegando a 100% em alguns casos. 


quarta-feira, 17 de junho de 2015

Custos de Produção Gráfica: suportes de impressão

Olá publicitários, designers e profissionais das artes gráficas. Estou de volta. Primeiro quero pedir perdão pelo vacilo, tá ligado?! tem sido difícil manter a periodicidade dos textos. Mas vamos ao que interessa, hoje vou falar um pouco sobre papéis e demais suportes. Em linhas gerais os suportes são os materiais capazes de receber impressão. podemos dividi-los em duas categorias: os celulósicos (basicamente o papel) e os não-celulósicos (metal, alumínio, madeira, polímeros diversos).

A diferença fundamental entre esses dois tipos reside no fato de que os papéis são chamados hidrófilos, ou seja, absorvem água e são afetados por essa absorção, podendo se dilatar e até mesmo se romper ao passo que a maioria dos suportes não-celulósicos, como por exemplo, o polipropileno bi-orientado (Bopp) são impermeáveis. Exemplo: um rótulo para Shampoo. O shampoo normalmente fica armazenado no banheiro e é exposto a água, vapor, umidade e constante mudança de temperatura. Pois sabendo da natureza hidrófila do papel sabemos que ele não é adequado para uso nesse tipo de ambiente, pois se degradará facilmente. Em muitos casos, informações sobre a composição do produto, validade e cuidados se perderia rapidamente. Nessas condições prefere-se utilizar substratos derivados de petróleo como BOPP, PE e PVC, entre outros. Exceção feita à produtos de baixíssimo valor agregado.


E por que isso nos interessa? simplesmente pelo fato de que temos que levar em consideração essa diferença na hora de escolher o material já na fase de briefing, e nos obriga a considerar a diferença de custo entre os dois tipos. Não apenas o preço de cada material mas a maneira como cada material é produzida e quais dimensões e formatos estão disponíveis. Exemplo: o papel é comprado normalmente em resmas de 500 folhas com as dimensões de 96x66 cm ao passo que os substratos não-celulósicos geralmente são disponibilizados em bobinas. Nas próximas semanas eu comento essas diferenças com mais detalhes. Prometo!

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Custo de Produção Gráfica - parte 2

Buenas! continuaremos falando sobre custos de produção gráfica.
Abaixo descreverei quais são as informações necessárias para solicitar uma cotação. 
De posse dessas informações a gráfica poderá estimar os custos de produção do seu impresso de forma precisa.
Então lá vai:

• Material: tipo/gramatura (ex. couché fosco 120g/m2);



• Formato [1]: aberto/fechado (ex. 23x21 cm aberto);


• Formato [2]: especial, nº de dobras;


• Cores: 4x1 (quatro cores na frente e uma cor no verso);



• Tipo de impressão: Traço, chapado ou cromia, sangrado;


• Acabamentos: verniz, hot-stamping, etc;
• Tiragem: 100, 1.000, 10.000, 100.000, etc.
• Provas contratuais/Provas de cor: Sim, Não, qual.

Pronto, de posse desses dados será possível estimar de maneira muito precisa o custo de produção de sua peça.
À partir da próxima semana irei detalhar todos os itens. Abração!